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OSVALDO PONTES
( BRASIL - BAHIA )

 

Osvaldo Luís Pontes Novaes (Salvador, Bahia, 20/06/1960)
obteve Menção Honrosa no Concurso de Poesias
Prêmio Fernando Pessoa 1994, promovido pelo
Clube de Empregados da Petrobrás - BA.
Tenho a honra de participa desta coletânea que para
é de uma relevância indizível. A emoção faz-se
presente por ver meus poemas sendo lidos por pessoas
que estão na mesma sintonia que a minha.
Reside na Pituba, Salvador, Bahia.

 

TEMPOEMA - Antologia.  Organizador: Goulart Gomes.  Apresentação por Antônio Torres.  São Paulo: João SCORTECCI EDITORA, 1995.   96 p.  No. 10 912 
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


DESTINO

Na medida que fui ao tempo
Vi uma névoa ao meu lado
No momento que decidi partir
Tudo estava tão transparente
Senti uma vontade louca de ficar
Entretanto, deveria partir
Será que existia alguma oportunidade?
Não creio
Agora viajo por outras galáxias
Mergulho, mergulho e busco algo
Vejo e observo todos os instantes
Atrás de mim um som estonteante
Um lobo uiva
Um grito que provoca um alarido ensurdecedor
Uma mulher com olhar imponente
Desce a escadaria com seu corpo esguio
e rosto perfeito
Ela tem um cheiro de amora
Agora mesmo o vento veio me dizer que irá chover
Não acredito nesta investida
Parto de maneira resoluta
Não olho nem para ver o que aconteceu
Todos aplaudem a minha ida
Digo ao Tempo mais uma vez
Que estou decidido a invadir o Cosmo
Penetrar pela sua janela
De maneira leve e sorrateira
Agora certamente irei entrar.

EM TEMPO

Vou pegando o meu carro.
Sem noção de tempo e espaço
Aplico uma velocidade infinita
Faço curvas rasantes
pensamentos descabidos
Minha alma estilhaça e sinto um frio enorme
Sinto a força do vento rasgar minha roupa
O meu corpo levita
Agora fico entre o casto e o devasso
E guardo esta imagem nítida e forte
Para que possa ser refletida posteriormente.


MOMENTOS

Momentos ternos
Momentos vorazes
Luz e emoção circundam
Nesse prazer tridimensional
A palavra se escoa
Dando brilho aos movimentos
Num bailar lítico e indelével
Vou sentindo o aroma do amor
Que se abre como o dia
Recebendo o primeiro raio solar.


*
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Página publicada em setembro de 2025.


 

 

 
 
 
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